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Autômatos Celulares
 

Definição Informal

Uma automação celular é um sistema dinâmico, onde o tempo e o espaço são discretos. O sistema é divido em células, seus elementos básicos. Tais células possuem um conjunto finito de estados predefinidos e um conjunto de condições necessárias para a mudança de estados. Os estados das células são alterados conforme um conjunto de regras de transição. Tais regras de transição são baseadas no estado atual da célula e de suas vizinhas. É válido ressaltar que os estados são alterados ao mesmo tempo para todas as células. Por exemplo, o estado da célula ci no tempo t, depende apenas do seu estado e dos estados das células vizinhas no tempo t-1. A vizinhança das células são definidas local e uniformemente (se uma célula tem n vizinhos, todas as células terão).
 

Pequeno Exemplo

Um exemplo simples seria a propagação de um pulso numa corda. Dividimos a corda em pequenos pedaços, que chamaremos de células. Temos que para uma célula sofrer alteração no seu estado, ou seja, para um pulso ser propagado, é preciso que algum de seus vizinhos seja alterado (ou exitado) no tempo anterior. Definimos o vizinhos de cada célula como as mais imediatamente à direita e à esqueda. Então podemos definir um conjunto de duas regras básicas:

O conjunto destas regras consiste no que podemos e vamos chamar de função de transição (f). Então a função de transição depende dos estados da própria célula e de suas vizinhas.

Abaixo encontra-se um esquemático deste exemplo, onde é mostrado como funciona a transição de estados das células.


 
 

Definição Formal de Autômatos Celulares

Seja

Chamamos à 4-tupla (L,S,N,f) um autômato celular.

Definimos aqui que um reticulado é regular se é uma rede periódica de uma espaço de dimensão d, e os elementos do reticulado, as células, preenchem o espaço completamente, e ao se translatar o reticulado em d direções independentes, obtemos o mesmo reticulado.

Uma configuração Ct: L -> S é uma função que associa uma estado a cada célula do reticulado. O efeito da função de transição f deve mudar a configuração Ct na nova configuração Ct+1 de acordo com a seguinte equação:

Ct+1(r) = f( {Ct(i): i em N(r) È {Ct(r)}¹ } ),
 
 

¹ Algumas definições de autômatos celulares levam em consideração o estado atual da célula a ser modificada, outras não, portando esse conjunto que contém a configuração da célula atual pode fazer parte ou não do argumento da função de transição.

Onde N(r) é o conjunto de vizinhos da célula r.

N(r) = { i em L: r-i em N }²

² A definição dos vizinhos de cada célula vai depender do problema a ser resolvido.

Em aplicações práticas, os reticulados são restringidos a um tamanho finito. Alguns problemas causados por essas limitações são resolvidos na próxima seção.